Fonte
No centro do sol, os núcleos de átomos de hidrogénio fundem-se originando núcleos de hélio. A energia resultante desta reacção é radiada para o espaço, e parte dela atinge a atmosfera terrestre. Uma vez que parte da energia inicial é reflectida ou absorvida pela atmosfera, num dia de céu claro é possível medir junto a superfície terrestre num plano perpendicular, cerca de 1.000 W/m².
Esta radiação disponível à superfície terrestre divide-se em três componentes:
- directa: a que vem "directamente" desde o disco solar;
- difusa: a proveniente de todo o céu excepto do disco solar, das nuvens, gotas de água, etc.;
- reflectida: proveniente da reflexão no chão e dos objectos circundantes.
Princípio da conversão
Qualquer objecto exposto à radiação solar "Q" aquece. Simultaneamente, há perdas por radiação, convecção e condução, que aumentarão com a temperatura do corpo.Chega um momento em que as perdas térmicas, "Qp", se igualam aos ganhos devidos ao fluxo energético incidente, atingindo-se a temperatura de equilíbrio, "tc".Assim, no equilíbrio tem-se: Q = Qp. Se conseguirmos extrair continuamente uma parte do calor produzido mudaremos as condições do equilíbrio anterior, ficando:
Q = Qp + QuQu => Energia extraída do corpo ou energia útil.
Vantagens: Tanto na sua forma mais simples, obtenção de água quente, como em outras aplicações do género, a significativa poupança energética e económica (que chega a atingir em alguns casos mais de 80%), e ainda a grande disponibilidade de tecnologia no mercado, são factores que transformaram a energia solar térmica numa das mais comuns, vantajosas e atractivas formas de energia renovável.
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Desvantagens: o elevado investimento inicial na instalação solar, apresenta-se por vezes como o maior entrave ao desenvolvimento desta solução.
Principais aplicações:
- produção de Água Quente Sanitária (AQS), para uso doméstico, hospitais, hotéis, etc;
- aquecimento de piscinas;
- aquecimento e arrefecimento ambiente;
- produção de água a elevadas temperaturas destinada a uso industrial.
Actualidade
Apesar de Portugal ser um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar, este recurso tem sido mal aproveitado para usos energéticos.
Razões para o fraco desenvolvimento da energia solar em Portugal:
- algumas más experiências no primeiro período de expansão do solar (década de 80), associadas à falta de qualidade dos equipamentos e, sobretudo, das instalações, o que afectou negativamente a sua imagem;
- falta de informação específica sobre as razões do interesse e as possibilidades desta tecnologia junto dos seus potenciais utilizadores;
- custo elevado do investimento inicial, desencorajando a adopção de uma solução que, pode competir com as alternativas convencionais;
- barreiras técnicas e tecnológicas à inovação quer ao nível da indústria, da construção e da instalação de equipamentos térmicos;
- insuficiência e inadequação das medidas de incentivo.
Futuro
O cenário futuro para a energia solar mostra-se com algumas mudanças a médio prazo, estando previstas uma serie de acções e incentivos com vista ao desenvolvimento da energia solar.
Os dois principais vectores de desenvolvimento dos sistemas fotovoltaicos em Portugal serão os sistemas ligados à rede eléctrica e os sistemas autónomos destinados a electrificação rural.
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